Celebrando o Dia do Baralho Cigano - 25 de junho!
Sarah Romi
Nos Estudos da Dança Cigana - Cultura e Arte dos Povos Ciganos do Mundo
domingo, 29 de junho de 2014
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
CIGANA GRÁVIDA (parte 9/9)
CIGANA GRÁVIDA PARTE 9/9
Outro ritual essencial para o nascituro é o batismo cigano.
Costuma-se dizer que a criança receberá três nomes:
Primeiro, o nome secreto, de conhecimento apenas de sua mãe.
É soprado no ouvido do recém-nascido. Juntamente com o sopro do primeiro nome,
é dada a primeira mamada com o dgdbao
kalibó, o colostro, para defender a criança dos males físicos.
Esse nome não é registrado, nem comentado, morre junto com a
mãe cigana. Conforme a crença desse povo, o cigano por não conhecer seu
primeiro nome, não olha quando é assim chamado pelos maus espíritos e assim se
protege. O povo cigano também acredita que esse primeiro nome é a ligação
espiritual da mamãe e do bebê, sendo usado pela mãe para invocações de forças
divinas a favor de seu filho.
O segundo nome é o do batismo cigano, que é de conhecimento
do clã.
Já o terceiro nome é o do batismo católico, que será usado
para a sociedade não cigana. Atualmente, os bebês ciganos são registrados em
cartório e levados à pia batismal.
CIGANA GRÁVIDA (parte 8/9)
CIGANA GRÁVIDA PARTE 8/9
Após o nascimento, dois rituais são os mais conhecidos e
praticados pelos ciganos.
O primeiro deles é o banho da prosperidade, para a criança
ser rica e ter sorte. Acontece
geralmente na primeira semana e é preparado pela mãe e pelas demais mulheres do
clã.
Após o banho rápido de higiene, o bebê é transferido para
outra bacia, de cobre ou prata, contendo diversos elementos místicos como água
pura, joias da família, pétalas de rosas brancas, gotas de mel.
Enquanto o bebê é banhado pela mãe, ela e as outras mulheres
rezam velhas orações herdadas dos antepassados.
Com o banho da prosperidade realizado, todos se reúnem para
dançar, comer, beber e cantar. Festejam o cumprimento de mais um ritual no qual
se deposita a esperança de continuidade do clã e do próprio povo cigano.
SIMBOLISMO:
A água pura representa a própria vida. No banho, traduz a
purificação, a limpeza do corpo físico, áurico e cármico do bebê.
As joias significam o desejo de riqueza e prosperidade, que
o bebê seja bem sucedido financeiramente.
As pétalas de rosas brancas simbolizam a vontade de que o
bebê tenha uma vida plena de paz e bem sucedida no amor.
Já as gotas de mel traduzem o desejo de que o bebê tenha uma
vida doce, livre de sofrimentos, dores e doenças.
Esse banho é um ritual belíssimo, com certeza um modo
maravilhoso de começar a vida!
*** CONTINUA ***
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
CIGANA GRÁVIDA – (parte 7/9)
CIGANA GRÁVIDA –PARTE 7/9
O tão esperado
momento do parto para as ciganas acontecia de modo totalmente natural, cercada
das mulheres de seu clã e cujas tradições nos procedimentos e rituais
apresentavam certa variação nos grupos, conforme suas crenças e seus costumes.
De um modo geral, ao longo da
história, o que mais chama a atenção é o fato da Poiché nella popolazione romaní l' ospedale , il medico , il prete sono associati al concetto di morte , i
contatti con loro devono essere limitati al minimo; la donna mestruata e la puerpera sono fonte di impurità e non possono fare vita pubblica o
lavare i propri panni con quelli degli altri. [13] Nei
rom "vlaχ" (ossia originari della Valacchia ), presso i quali il concetto di impurità è più radicato, durante tutto
il periodo della gravidanza e nei quaranta giorni dopo il parto alla donna non è consentito fare
alcuna attività (ad esempio, non le è permesso di cucinare).recente mãe ser considerada uma fonte de impurezas, não podendo ela se
apresentar na vida pública ou realizar qualquer atividade, especialmente nos
quarenta dias após o parto. De acordo com a tradição, no final desse período de purificação, as roupas
usadas, a cama, pratos, copos e todos os itens utilizados pela nova mãe eram
destruídos ou queimados.
A título de ilustração, fica
colacionado o relato do “Livro de
Tombo dos negoceos diários e dos labores officiaes em missão de manter a ordem
e bons costumes da Fazenda Grão Mogol”, trazido por Frans Moonen em sua obra “Odisséia
dos Ciganos”, conforme segue:
“No acampamento cigano:
Nasceu um pequenino. A mãe passa
muito bem. Ela foi ajudada pelas tias e outras mulheres da tribo. Como é nosso
costume, após as primeiras dores do parto a romi retira-se da tenda e repousa debaixo de uma grande árvore.
O nascimento tem que ser ao ar livre, para captar as energias da natureza. Os
homens ficam distantes e tensos, como sempre ficam quando alguém vai nascer. De
longe ouvimos os gemidos da grávida. As mulheres cantavam hinos sagrados a Deus, para suavizar os sofrimentos da
futura mãe e dar boa sorte ao novo ente. As avós com talismãs, rezas
infalíveis, figas e bentinhos que deitavam ao pescoço da parturiente, de vez em
quando sopravam-lhe ao rosto, transmitindo força e resistência. Ao primeiro
vagido, uma ou duas mulheres correm ao centro do caravançará anunciando o
menino ou menina que chegou à tribo. A criança é lavada com água e vinho, numa
bacia de prata, nela se jogam moedas de ouro, áuspices de fortuna. Depois do
corte do umbigo, feita a ligadura, uma riquíssima toalha de linho, defumada com
alfazema, envolve o garoto, que é então apresentado ao pai para seus carinhos.
Em seguida, as parteiras limpam a parturiente e entregam-lhe o recém-nascido.
Neste momento, ela sopra-lhe ao ouvido o nome secreto, que só ela saberá e que
tem por fim protegê-lo dos maus espíritos, que por não saberem o nome nada
fazem contra ele. Todas as jóias e objetos de valor dados como presentes são
vendidos, e com o dinheiro compra-se o enxoval. Um nome lhe será dado e por ele
chamado entre os da sua raça. A este menino chamamos Iunes. Se for possível, se
o padre não recusar, o menino será batizado com outro nome que será usado no
mundo dos gadgês. Haverá uma festa,
a mãe ficará afastada, por ser considerada mahrimé*, por quarenta e um dias."
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